quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A maldição da máquina fotográfica


Ando por um fio... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Acalmem-se pessoas!!!! Não estou a ponto de me matar enforcando-me em um pé de couve.
Ando mesmo me segurnado. Tentando controlar o 'bico' do passarinho, mas como vocês devem ter sacado... Passarinho que é passarinho...

Existem pessoas que sem saber acabam ultrapassando os limites do chamado bom senso (se bem que muitas vezes concluo que poucas pessoas saibam o real significado da palavra senso). Demonstram total falta de respeito, sobretudo, com os olhos e ouvidos alheios.

E passarinho não perdoa.

Concluo que itens como bom senso, semancol e sitocômetro deveriam ser facilmente encontrados em farmácias e drogarias, assim seríamos poupadas de certos tipos de visões e comentários.
Sabe aquela amiga, aquela prima, aquela irmã, aquela companheira de balada que vive nos colocando em saias mais do que justas? Pois é, hoje é delas que eu falo.

Com certeza vocês já viveram alguma - ou na pior das hipóteses - algumas das situações que descreverei.
É óbvio que depois que o bafão acontece e tudo volta ao normal alguns sentimentos afloram: vontade de matar a fulana ou vergonha por ela ter feito ou dito algo sem pensar (porque na maioria das vezes ela banca a 'por cima da carne seca' e sai feito o cavalo da parada de sete setembro, cagando e andando - só que dificilmente ouvimos alguém apaludindo, né?).

Mentalizem a cena 1:
Galera na balada. Cervejas, scotch, vodka. Samba bom. Conjunto sobe ao palco. Fudeu!
A 'quirida' saca da máquina fotográfica. Daí pra frente vira um festival de flashes, sorrisos e risadas forçadas que chegam a deixar até os músicos sofrendo vertigens em cima do palco. Tudo porque a 'bunita' tem de rechear o orkut, o facebook, o twitter, o e-mail das amigas e ainda bancar a celebridade no ambiente de trabalho onde reinam as mães que trabalham fora, as mulheres que tem de chegar em casa e preparar o jantar, etc. Ela reina absoluta. Status dela: a baladeira. Nosso status: a fotógrafa.

Mentalizem a cena 2:
Quadra de escola de samba tradicional. Shows de artistas diversos. Nomes tradicionais do samba. Todos dançam, cantam e sambam - ela tenta sambar no melhor estilo "Coisinha de G-zuis" balançando as madeixas como se no comercial de shampoo ela brilhasse. Final do primeiro show. Ela te puxa pela braço em direção a saída de palco. Ela te belisca. Fotos com TODOS os integrantes do conjunto, se for solo vale até o cara da iluminação. Nessa, se bobear entram até o caboman e o auxiliar de som. Ela sorri nas fotos. "Não ficou boa, eu pisquei". Você tira outra. E assim ela procede até o final do quatrocentésimo show da noite. No final do dia ela tem o chip repleto de fotos. E você as digitais dela nos pulsos, arranhões nos braços e artrose nos cotovelos. Status dela: a celebridade. Nosso status: a paparazzi.

Mentalizem a cena 3:
Depois de um trilhão de telefonemas e vencida pelo cansaço vamos mais uma vez ao septuagésimo nono show da banda que ela ama. Não que não gostemos, mas já deu né? A gente tem semancol, né? Só que dessa vez ela chamou mais gente "Para 'fervermos' todos". Só que para o azar dela e benefício dos cuecas de plantão, as amigas que ela convidou estão no frescor da juventude e podem esbanjar decotes, bundas e pernas no lugar. É a catástrofe. No afã de vingar-se por não ser a 'paquerada' - afinal, todos os indivíduos da balada com mais de 28 e menos de 100 estão de olho nela, né? - ela encarna a baladeira celebridade. E nós fugimos dos paparazzi e descartamos a máquina fotográfica. (Juro que pensei em sumir com as baterias!) Fazer pose de tiete? É o fim do resto. Ela sente que a noite foi praticamente um fracasso. Ela não conseguiu ser o centro das atenções. Seu sorriso é aquele amarelo ocre. As amigas, 'em off'' sentem-se vingadas. Status dela: 'hoje vim por vocês, eu não estava me sentindo bem desde cedo". Nosso status: 'bem feito".

Gente do céu!!! Hello!!! Acordem pra vida!!!
A pior coisa que se pode fazer é perder a noção, o senso do ridículo e, sobretudo, expor os amigos a esse tipo de situação. Bancar a fotógrafa da balada não é legal, né? Todos fomos curtir. As melhores recordações são as que guardamos na memória e não no chip da câmera.


Bjoks da Amanda
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