terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dia Mundial da Criança


Hoje, dia 12 de outubro, é comemorado o de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a Padroeira do Brasil e, também, o Dia da Criança.
Mas de onde veio essa tradição? Qual o motivo da escolha dessa data?

O Dia Mundial da Criança, oficialmente, é 20 de novembro, data que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece como Dia Universal das Crianças por ser a data em que foi aprovada a Declaração dos Direitos da Criança. Porém, a data efetiva de comemoração varia de país para país.

Em Portugal, por exemplo, o dia das crianças é festejado em 1 de junho, pois o mês de maio homenageia Maria, a mãe de Jesus. O dia da criança foi comemorado, pela primeira vez, no mundo inteiro a 1 de Junho de 1950.


No Brasil

Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de "criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 25 de março foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.
Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes.
Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto. A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos no Brasil.



Logo, libertemos a criança que existe em cada um de nós!!!!
 Devemos deixá-la sorrir sempre e também 'tentar' ganhar uns presentinhos nessa data tão especial.
Eu recomendo!!!!


Bjoks da Amanda



sábado, 9 de outubro de 2010

Sim, eu tenho amigos loucos... E os ADORO!!!!

Nando e Rô


Amados...

Obviamente meu parceiros de 'fervo'são o Gá, o Nando e a Rô.

Não é sempre que conseguimos estar juntos, mas em algum momento isso ocorre e o que não falta é muita bagunça, bobagen, risadas intermináveis  e muita ferveção!!!!
Há alguns dias eu apresentei a vocês meu "Currupaco", né? Aquele irmão de fé e camarada - plagiando o Rei. Até nossos bafões são os mesmos. É impressionante - pros outro eu diria -, porque nós estamos é bastante acostumados.

 Hoje apresentarei a vocês os 'queridíssimos' da imagem acima: o Nando e a Rô.
O mais interessante é que ela que me mandou essa imagem e falou: 'Aman, olha eu e o Nando!'.
Depois de rir uns quinze minutos eu pensei em postar fazendo uma 'homenagem' aos dois bem ao estilo do 'Passarinho'; achei o máximo e me inspirei a escrever sobre eles.

A do Gato Mia a maioria dos leitores conhece. Ela me faz rir o tempo todo. Cada tirada e sacadas sensacionais. A história da beringela, nossos basfonds com Gladis e conversas no skype são tudodibomesuperútil.com.br.... rsrsrsrsrsrsrsr.....
Se a Marília, do Coisas da Gigi, estiver no bafão o assunto rende horas de boas risadas, e ainda podemos contar com a super-hiper-master-blaster-mega participação do Wikipedia Carlos Otávio, o marido da Má.
Mas, voltando a Roberta...
É muito assunto, muita risada e muito fervo. Nos divertimos com pouco. Causamos sempre.
Lugar nem é o problema. Basta uma ou duas cervejas, se a ordem for acelerar, - 'uma dose de vodka', por favor?! - e começa a festa.
A beringela que ela odeia, os assunto 'malacabados' de Gladis, os fervos na Vela, a parceria com o Currupaco, as portas das baladas (sim! ela gosta de porta também!), a paixão pelos felinos (que eu amo idem).... só fizeram a amizade crescer mais e mais!!!!

E o Nando, hein? É o meu Babá cuca fresca.... aliás um super-hiper-master-blaster amigo.
Costumo dizer que graças ao 'link online' dele com o 'astral', ele vai conseguindo me livrar das confusões nas quais insisto em me meter, sejam elas de ordem amorosa, de ordem bafônica ou, simplesmente, confusões diárias.
É o amigo que liga só pra falar 'oi'. Só pra saber se tá tudo bem. Ele se diverte com minhas maluquices e me traz de volta à Terra quando começo a viajar demais.
É ele que me ensinou a perceber o peso da minha mão.
Ah!!!! E foi ele também que m nossa última incursão a uma feijoada no Vai-Vai, sóbrio de tudo - JURO por todos os Orixás! -, chamou o Didi de Gugu, cumprimentou alguém que nem conhecia e ainda deu 'boa noite' para um compositor, se tocando depois de cinco minutos que ainda não eram nem quatro horas da tarde.

Meus amigos são assim.
Tenho poucos. Mas são AMIGOS mesmo, com letra maiúscula!
Amigos que não são apenas pra 'tomar cachaça e ficar bêbado'.
São amigos que estão junto também quando o 'bicho pega'.
Se eu for falar de cada um deles... rasgo vários elogios e também um monte de 'causos' enngraçados.
As críticas e puxões de orelha eu falo com eles pessoalmente!
Os defendo, estando certos ou errados.
Se realmente estão certos ou errados, vejo com eles depois.
É assim... amigo é amigo e filho da puta é filho da puta e ponto final!

" Não caminhe na minha frente, eu não posso seguir.
Não caminhe atrás de mim, eu não posso conduzir, apenas caminhe ao meu
lado e seja  meu amigo."

Albert Camus (1913-1960) - escritor, prêmio Nobel, autor de O estrangeiro


Bjoks da Amanda






A questão do Currupaco: Papagaio ou Maritaca?




Abram-se os ninhos!
Aprumem-se alados!
O show vai começar!

Como, quando e onde?
Porque, quanto ?

Dando sequência ao tema Samba de Enredo, iniciado semanas antes em nosso confessionário, deixo o conforto do ninho mais uma vez, e desta, para falar à respeito das gravações dos Sambas.

Primeiro há de se salientar que eu não sou contra a tecnologia e muito menos contra o investimento, porém, venho notando que grandes gravações dos sambas concorrentes em disputa continuam a influenciar de maneira errada os sambistas que acompanham aquele que talvez seja o mais complicado dos processos de uma agremiação na montagem do carnaval: A Escolha do Hino Oficial!

A discussão à respeito das gravações, obviamente, nos levará direto para a ultima parte da coluna, que tratará da disputa em si, e portanto, servirá de reflexão para que possamos ao fim de tudo encontrar respostas, ou mais duvidas, para o assunto.

Ja havia demonstrado la no primeiro post minha insatisfação com o fato do nome dos compositores hoje pesar diretamente sobre a avaliação dos sambistas e reforço que infelizmente bons compositores com belas obras tem seus sambas ignorados pelo público e pelas escolas durante a disputa por falta daquilo que falsamente chamam de know-how!

É óbvio que uma bela gravação, com um grande interprete, grandes arranjos, uma produção de primeira linha, videos ilustrativos e interativos, influenciarão na escolha do público.

Primeiro porque estamos mal acostumados a digerir a música industrializada, pronta, embalada a vácuo e transmitida pelos veículos.

Segundo porque o crescimento do espetaculo do Carnaval causa a sensação inconsciente e coletiva de que sofisticação no sentido de luxo é garantia de sucesso.

Mas ai eu vos pergunto: E quando os arranjos se vão, os pavarotes se calam, os estudios se transformam em salas sem teto, sem recursos eletrônicos e a vóz do público é quem tem que determinar o desempenho?
Indo mais fundo: E quando a linda gravação de 5:30 minutos de duração, se transforma num ensaio de 65:00 minutos?

Muitas vezes o que acontece, é uma queda de rendimento, de qualidade, de apreciação por parte daqueles que abraçaram a obra e por consequência, um desempenho ruim em desfile.

Mais do que nunca é chegada a hora de deixarmos de lado os vicios contemporaneos, as persistentes padronizações de qualidade e atentarmos-nos para o que realmente interessa: Letra, Melodia, Fluência, Identidade e Possibilidade.

Não confudam Papagaios com Maritacas!
Saba bom é samba bom, samba ruim é samba ruim.
Basta avaliar com os critérios corretos para que separe-se o joio do trigo.
As vezes, o não tão enfeitado papagaio, que parece meio capenga, meio selvagem, se torna a companhia mais agradável, enquanto a bela Maritaca, singela e exuberante, com suas cores difusas e bicos platinados, pode se tornar inconveniente e desagradavel.

Faço um apelo as escolas, hoje, e sustentarei até o dia em que meu bico for quebrado por algum estilingue:

Proibam as gravações! Levem o interprete oficial para o estúdio e gravem os sambas e depois ensaiem com eles durante a disputa!

Só assim saberemos qual é realmente o dono do puleiro, e ai, a escolha não se baseará apenas na preferencia de quem opta por um papagaio ou uma maritaca ao olhar uma vitrine. Até porque, assim como o animal na vitrine, a gravação de concorrente, serve apenas para atrair o público. O objetivo final, só será alcançado, pela escolha correta, e essa só se faz, quando o objeto de desejo vai de encontro as expectativas.

Para ilustrar o tópico, duas gravações de um mesmo samba.
Uma é a original, da disputa, sem grandes apetrechos. A outra é a filmagem do Ensaio técnico com o samba em funcionamento, mostrando seu poder de fogo.
Papagaio velho, mas que não se troca por nenhuma maritaca...


Vila Isabel 2010
Enredo: Noel, a presença do poeta da Vila

Autor: Martinho da Vila

Se um dia na orgia me chamassem
Com saudades perguntassem
Por onde anda Noel
Com toda minha fé responderia
Vaga na noite e no dia
Vive na terra e no céu
Seus sambas muito curti
Com a cabeça ao léu
Sua presença senti
No ar de Vila Isabel
Com o sedutor não bebi
Nem fui com ele a bordel
Mas sei que está presente
Com a gente neste laurel

Veio ao planeta com os auspícios de um cometa
Naquele ano da Revolta da Chibata
A sua vida foi de notas musicais
Seus lindos sambas animavam carnavais
Brincava em blocos com boêmios e mulatas
Subia morros sem preconceitos sociais

(Foi um grande!)

Foi um grande chororô
Quando o gênio descansou
Todo o samba lamentou
Ô ô ô
Que enorme dissabor
Foi-se o nosso professor
A Lindaura soluçou
E a Dama do Cabaré não dançou
Fez a passagem pro espaço sideral
Mas está vivo neste nosso carnaval
Também presentes Cartola
Araci e os Tangarás
Lamartine, Ismael e outros mais
E a fantasia que se usa
Pra sambar com o menestrel

Tem a energia da nossa Vila Isabel
Tem a energia da nossa Vila Isabel


Gravação original na vóz do compositor Martinho da Vila:




Samba de Enredo cantado pela Escola na Marques de Sapucai:


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A Volta do Currupaco: - Salve o arvoredo!




O Currupaco Folião retorna as atividades após três semanas em falta com o público. Mas há um motivo pra isso:

Para dar sequência ao tema "Samba" eu preferi esperar as escolhas de samba, pois, os processos que haviam se iniciado foram tão revoltantes que eu não poderia perder o gancho...

Não que eu ache que os responsaveis por escolhas sejam despreparados, muito pelo contrario, todos sabem o que é um samba bom e como diferencia-lo de um boi-com-abóbora. A questão é:

Até que ponto a qualidade do samba o faz campeão?

* Recomendo que a partir desse ponto, a coluna seja lida ao som do samba que está no final desse post!

Digo, com dor no coração, que hoje em dia simplesmente a qualidade não importa! Primeiro porque o juri do Carnaval nivela por baixo os sambas e os resume simplesmente em letras e melodias corretas, acarretando notas máximas a sambas ABC, daqueles que você não vê nada de excepcional nem nada de péssimo, o que pra mim qualifica o samba como horroroso, uma vez que como expressão artistica, o ultimo sentimento que uma obra deve causar no expectador é indiferença.

Deixo meus sinceros parabéns a comunidade da Brasilândia, sob o pavilhão encantado da Sociedade Rosas de Ouro, a comunidade da Vila Madalena, sob o pavilhão empatico e sedutor da Pérola Negra, e a comunidade da Bela Vista sob o pavilhão tradicional e majestoso do Vai-Vai.

Ambas, a suas maneiras, escolheram os sambas que primaram pela melhor visão do Enredo, pela beleza melódica e apurada de seus hinos, pela identidade de cada samba perante a história de seus grêmios.

O Rosas de Ouro resgata os refrões de pergunta e resposta, mais simples, sem aquele jogo de 4x4 comum, que nos remete a antológicas obras la da Brasilandia:

R com O, S com A
Vai ganhar ouro
Quem souber o que vai dar
Rosas!

Rosas de Ouro
Pode apostar!
Grita forte meu povo
Diz ai o que vai dar

Grande resgate de identidade e estilo por parte dos compositores, que vem fazendo sim obras diferentes, melodicamente falando, do que propunham na agremiação em que disputavam anteriormente. Entedo que, os autores desse samba entendem o Rosas de Ouro como essência e não apenas como a oportunidade de vencer um concurso.


Pela fé de Abrahão
Pérola Negra vem cumprir sua missão

A Vila Madalena opta por seguir o estilo que vem a consagrando, com muita coragem, ao escolher sambas bem elaborados, em tom menor, numa pegada mais tradicional, com a letra rica na forma e na aplicação. O que a principio poderia significar uma complicação para o samba ser escolhido, uma vez que pesa hoje em dia sobre as escolas, o dogma de que o samba bem elaborado e denso dificulta a comunicação com o público, é justamente o trunfo para a vitória. Parabéns a Pérola Negra por suas convicções e pelo peito de insistir e bater de frente contra o modelo ideal de samba falsamente propagado por notas duvidosas e diretores ambiguos.


A Musica venceu!
O Dom é luz que vem de Deus!
Da emoção, Vai-Vai resplandeceu!

O Bexiga, sabiamente, aposta na beleza e explosão de seu Samba de Enredo para trasmitir a emoção do Enredo em homenagem ao Maestro João Carlos Martins. Optou-se pela emoção, ao invés do fétido clamor de ballets aeróbicos em arquibancadas e frenéticos saltos dignos do carnaval de salvador. Aposta então, na força de um samba lirico, emocionante, belo e incendiario,para romper a barreira que afastou suas mãos da taça nos ultimos dois anos. Mérito da comunidade que abraçou a obra, dos Compositores que ousaram em sair da linha viciada de sambas descartaveis, da Diretoria que teve sabedoria e principalmente, do mundo do samba que clamou por essa vitória entendendo que a mesma é importante para o genero musical.

Não que eu as considere as unicas escolhas acertadas até o momento, mas há de sublinhar-se a relevância das mesmas para o cenário do carnaval.

E é assim que eu inicio a segunda parte do primeiro tópico, que terá como assunto abordado, dessa vez, os compositores.

Por isso: - Salve o arvoredo!

Sugeri na primeira parte da coluna que deixassemos de lado as cascas a fim de que fosse possível saborear os frutos, em sua melhor forma, corpo e sabor. Mas se estamos falando do Samba como fruto, precisamos identidicar tal qual na esfera da biologia, sua origem, sua arvore e como se dá essa equação genética que resulta em carnaval.

Proponho o seguinte Raciocionio:

Chão = A Escola de Samba em si, de onde se edificam as Arvores.
Arvores = Os sambistas
Frutos = O Samba, dançado, cantado ou filosofado.
Flores = A manifestação do mesmo, na sua forma de conjunto, com o corpo exuberante e atrativo, o desfile.

O compositor, portanto, estaria incluído, de maneira especifica, na categoria Árvore.

O Compositor, por definição exata, é aquele que se inspira através de algo, e transmite com seu dom de música, a emoção para o seu público. Entendo que nesse caso, a Árvore serve ao Solo, e portanto, há de se analisar a identificação de ambos.
O Clima favoravél, a caracteristica biológica, o Ecossistema em geral.
O bom compositor, e ai eu não falo apenas da qualidade de suas obras, é aquele que sente o solo, que vive o solo, e que frutifica para ele, na medida dele.

Compositores, arregacem as mangas! Escutem os sambas antigos de suas escolas, sintam, vivam, respirem, amem, transmitam emoção. Se preocupem menos com as Cascas, pensem nos frutos. Vocês tem o dever de dar continuidade ao legado de Compositores imortais que não precisavam de logistica para compor. A Arte é um dom natural, quando fabricada, se torna descartavel e irrelevante.

Não sejam a violeta esquecida do vaso na sacada. Essa quando morrer, será substituida por outra, comprada na mesma quitanda, por um valor insignificante, de cor semelhante a todas as outras, e será regada e lembrada até quando seu carater decorativo servir aos olhos de quem a tem.
Sejam o Jequitibá!
Simbolo da longevidade e da força! Aquele que quando cai deixa a clareira em meio a mata e se faz notar a ausência!


Para ilustrar o tópico, um grande samba de enredo, daquele tipo que não se vê mais, vitorioso em sua trajetória no âmbito cultural.Nunca tombou, nunca rachou, nunca findou!



Samba de Enredo apresentado pelo Império Serrano em 1989
Enredo: Heróis da Liberdade
Compositor(es): Silas de Oliveira, Mano Décio e Manoel Ferreira

Samba, ó samba
Tem a sua primazia
Em gozar de felicidade
Samba, meu samba
Presta esta homenagem
Aos heróis da liberdade

Passava noite, vinha dia
O sangue do negro corria
Dia a dia
De lamento em lamento
De agonia em agonia
Ele pedia o fim da tirania
Lá em Vila Rica
Junto ao largo da Bica
Local da opressão
A fiel maçonaria, com sabedoria
Deu sua decisão
Com flores e alegria
Veio a abolição
A independência Laureando
O seu brasão
Ao longe soldados e tambores
Alunos e professores
Acompanhados de clarim
Cantavam assim
Já raiou a liberdade
A liberdade já raiou
Essa brisa que a juventude afaga
Essa chama
Que o ódio não apaga pelo universo
É a evolução em sua legítima razão

Samba, ó samba
Tem a sua primazia
Em gozar de felicidade
Samba, meu samba
Presta esta homenagem
Aos heróis da liberdade

Ô, ô, ô, ô
Liberdade senhor!

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